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O que é a Indústria 4.0 no setor alimentício

O que é a Indústria 4.0 no setor alimentício

Conheça o que é a Indústria 4.0 e como ela pode auxiliar esse setor da economia.  O que é a Indústria 4.0 e como aplicar ao setor alimentício? Você sabe o que é a Indústria 4.0? Certamente já ouviu falar da Revolução Industrial em suas aulas de História na escola. Mas, sabia que, atualmente, estamos vivendo uma quarta etapa deste marco histórico?

Com o surgimento constante de novas tecnologias, e, consequentemente, sua implementação nos segmento industrial, caminhamos para uma Quarta Revolução Industrial, ou se preferir, chegamos ao estágio da Indústria 4.0.

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Com seis princípios básicos, essa etapa chega para transformar – mais uma vez – o setor. Novas formas de produzir e até mesmo de gerir as empresas são os principais pontos atrativos para fazer com que as indústrias busquem uma adaptação.

Contexto Histórico: Primeira, Segunda e Terceira Revolução Industrial

Antes de falarmos sobre a Quarta Revolução Industrial, vamos lembrar quando e em que contextos se deram a Primeira, Segunda e Terceira. Com uma duração de cerca de 80 anos, começando em 1760 indo até por volta de 1840, a Primeira Revolução Industrial foi o primeiro grande movimento de transição para novos processos de manufatura.

Se antes a produtos eram fabricados de maneira artesanal, neste período as máquinas começaram a fazer parte do cotidiano. E esse primeiro movimento industrial se deu inicialmente na Inglaterra, passando por outros países do continente e chegando aos Estados Unidos e ao Japão.

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Pode-se destacar o Tear Mecânico e a Máquina a Vapor como principais invenções desta primeira etapa. Com um progresso científico e tecnológico, principalmente em países como Inglaterra, França e Estados Unidos, a Segunda Revolução Industrial teve início por volta de 1850, e durou até meados da década de 1950.

O uso constante de fontes de energia como o petróleo, a água e o urânio ajudaram em uma nova maneira de produzir e, também, revolucionaram o setor industrial novamente.

As produções começaram a ser feitas em tiragens maiores, o que aumentou o lucro, em decorrência do ganho de escala, e também a demanda por mão de obra. O telefone e a televisão são dois grandes exemplos de invenções deste período.

Após a década de 1960 e até o início do século XXI, vivemos o momento da Terceira Revolução Industrial, essa de uma forma mais globalizada.

Neste período, surgiram os primeiros experimentos com a internet que algumas décadas mais tarde se tornaria o grande pilar das comunicações no final do século XX e inicio do século XXI.

A robótica, a informática, as telecomunicações e até mesmo estudos relacionados à saúde ganharam muitos incrementos.

O que é a Indústria 4.0?

Mas, afinal, o que é a Indústria 4.0? Esse termo surgiu na última década, e está muito atrelado a questões de automação e evoluções tecnológicas do setor. Ela é nada mais do que uma continuidade dos outros três momentos históricos, com uma maior presença de dados e sistemas inteligentes.

A primeira vez que o termo foi utilizado foi por Siegfried Dais e Henning Kagermann, em 2012. Eles apresentaram, na ocasião, o que seriam seis princípios da Indústria 4.0 para o governo da Alemanha.

São eles:

Tempo Real: O que permite coletar e aplicar dados em informações de uma forma mais rápida, qualificando a tomada de decisão.

Virtualização: Uma espécie de escandalizar uma empresa, ou seja, ter todos os processos mapeados de forma virtual.

Descentralização: Neste ponto, a máquina é responsável pela tomada de decisão e, também, tem uma capacidade de se auto ajustar.

Orientação e Serviço: A utilização de softwares que auxiliam nos processos e integram de uma forma geral todos os setores das empresas.

Modularidade: Fornece uma flexibilidade para que a empresa altere suas tarefas do dia a dia e, até mesmo, crie uma personalização para os produtos.

Interoperabilidade: É uma maneira de fazer as máquinas conversarem entre elas, o conceito de IoT (internet das coisas). 

A Internet é a principal aliada da Indústria 4.0, a quarta Revolução Industrial. 

Essa ferramenta não auxilia somente na produção, mas também na forma como as empresas podem ser gerenciadas. Com documentos e dados podendo ser arquivados por meio de nuvens virtuais, evita-se perdas dessas informações.

Além de a Inteligência Artificial, facilitada pela criação de softwares que podem realizar tarefas que uma pessoa demoraria muito tempo para concluir, principalmente em questões de análises de dados e processos repetitivos.

Enquanto isso no setor comercial, os consumidores aumentaram o seu padrão de exigência na hora de escolher um produto ou serviço. E nesse contexto os processos e pilares que a Indústria 4.0 carregam consigo podem fornecer uma melhor experiência de compra.

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Para isso, é necessário que o gestor avalie quais são as necessidades de sua empresa para poder identificar como as novas ferramentas podem auxiliar na melhoria do negócio. Criando planos a longo prazo que envolvam uma melhoria tecnológica, fazendo com que sua equipe se adeque e entenda o processo. 

Como aplicar a Indústria 4.0 ao setor alimentício? 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), em 2019, o setor da Indústria de Alimentos e Bebidas faturou cerca de R$ 699 milhões, o equivalente a 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento em torno de 6,7% em comparação com 2018. 

A Indústria 4.0 que impulsiona o setor alimentício. 

Já no primeiro semestre de 2020, mesmo com a pandemia do coronavírus, o ramo chegou a crescer 0,8% em comparação com o ano anterior. Em um setor cada vez mais exigente, onde não basta somente vender comida ou bebida, uma empresa precisa inovar até mesmo nas embalagens plásticas, para proporcionar uma relação com os consumidores, o que pode aumentar seus lucros financeiros.

É comum vermos algumas empresas criando embalagens de alimentos que podem ser 'colecionados'. Causando uma melhor experiência a quem leva esse produto para casa.

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O uso de Inteligência Artificial (IA) pode auxiliar nos processos produtivos das empresas, como por exemplo no gerenciamento de matéria prima das linhas de produção, um bom software de gestão pode identificar o nível de estoque de materiais e gerar relatórios automáticos para o setor de compras.

Sistemas de identificação facial também são uma das novas ferramentas da Indústria 4.0, também baseados em IA, podem ser aplicados ao setor alimentício para garantir a qualidade dos produtos.

Elementos estranhos podem ser detectados por esse recurso, além da seleção de embalagens, que pode ser feita de forma automatizada.

Dessa forma, é possível atingir um nível muito maior de sustentabilidade na indústria através do emprego de máquinas mais avançadas, que eliminam resíduos tóxicos, e que possuem limpadores internos.

O que nos leva ao dos principais problemas da humanidade atualmente que é a redução dos níveis de resíduos industriais.

A Indústria 4.0 não chegou para eliminar a necessidade da mão de obra humana, gerando desemprego, mas, para auxiliar em um processo de requalificação dessa mão de obra, através da formação de técnicos mais capacitados para dar suporte às novas máquinas.

Em um setor que em 2019 chegou a ser responsável por quase 10% do Produto Interno Bruto do Brasil, o segmento alimentício é um dos que mais pode lucrar com a implementação das inovações da Indústria 4.0.

As máquinas estão cada vez mais inteligentes, e o futuro do setor promete muito.

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Author: Larissa Stumpf - Colaboração para MundoZ!