Explosão dos crimes virtuais pelo WhatsApp
- MundoZ! Tecnologia
- Atualizado: Quarta, 04 Junho 2025 19:00
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Crimes virtuais no WhatsApp disparam no Brasil: Entenda a Gravidade e as Ações das Autoridades. Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um crescimento expressivo nos crimes cibernéticos — e o WhatsApp tornou-se uma das principais ferramentas utilizadas por criminosos. Em 2024, mais de 153 mil brasileiros foram vítimas de fraudes envolvendo o aplicativo de mensagens, segundo dados recentes de segurança digital.
Os golpes vão desde clonagem de contas até extorsão e falsas solicitações de transferências bancárias, geralmente envolvendo perfis de contatos próximos ou familiares. A facilidade de disseminação e o alto nível de confiança dos usuários com a plataforma fazem do WhatsApp um canal atrativo para cibercriminosos.
Como os golpes acontecem?
A maioria dos crimes virtuais no WhatsApp segue um padrão semelhante:
Clonagem de número: Os criminosos se passam pela vítima, solicitando dinheiro de contatos.
Phishing com links maliciosos: Mensagens com promoções falsas ou promessas enganosas levam à instalação de malware.
Engenharia social: O golpista coleta informações públicas e convence a vítima a fazer transferências.
Fraudes com falsas centrais de atendimento: O usuário é convencido a entregar dados sensíveis a falsos atendentes.
Como as autoridades estão reagindo?
Diante do aumento de casos, as forças de segurança e instituições governamentais vêm intensificando o combate aos crimes virtuais. Veja as principais medidas:
1. Reforço nas operações policiais
A Polícia Federal aumentou em mais de 200% o número de operações contra crimes digitais entre 2022 e 2024. Mais de 12 mil investigações relacionadas ao WhatsApp foram conduzidas em 2024, com 3.200 prisões efetuadas.
2. Parcerias com bancos e justiça
O Ministério da Justiça fechou parcerias com a Febraban para promover ações conjuntas de combate às fraudes. A Carteira de Identidade Nacional com identificação digital está prevista para 2026, fortalecendo a verificação de identidade.
3. Legislação atualizada
O Projeto de Lei nº 342/2025 prevê a obrigatoriedade de notificação de perfis falsos usados em crimes, fortalecendo a proteção de dados pessoais.
4. Monitoramento e inteligência digital
A Polícia Civil criou núcleos especializados, como o NOAD (Núcleo de Observação e Análise Digital), com agentes infiltrados em comunidades online para prevenir crimes, inclusive estupros virtuais e extorsões.
Como se proteger de golpes no WhatsApp
Ative a verificação em duas etapas;
Nunca compartilhe códigos de SMS;
Desconfie de pedidos urgentes de dinheiro;
Verifique links antes de clicar;
Denuncie perfis falsos imediatamente.
O crescimento dos crimes virtuais via WhatsApp no Brasil é alarmante e exige atenção constante da população e das autoridades. Com medidas legais, operacionais e tecnológicas, o país avança no combate, mas a conscientização do usuário segue sendo a primeira linha de defesa.
Seja você parte da solução: informe-se, proteja seus dados e compartilhe este conteúdo para alertar mais pessoas!
Como a polícia rastreia um WhatsApp: As etapas reais de uma investigação
Descubra o passo a passo técnico e legal que as autoridades seguem para rastrear um WhatsApp durante uma investigação criminal.
1. Identificação do número alvo
Tudo começa com a identificação do número de telefone associado ao suspeito. Ele pode surgir a partir de denúncias, depoimentos de testemunhas, vítimas ou ser interceptado em outras investigações.
2. Solicitação à operadora dos dados técnicos
A polícia solicita à operadora de telefonia o IMEI do aparelho (código único do dispositivo) e o e-mail cadastrado no WhatsApp. Esses dados ajudam a vincular o número ao dispositivo e ao usuário.
3. Pedido judicial fundamentado
Com os indícios iniciais em mãos, a autoridade policial representa ao juiz, explicando o contexto, o tipo de crime e o que se busca: logs de acesso, conexões, contatos, grupos, entre outros dados digitais.
4. Envio da ordem judicial ao WhatsApp
A ordem é formalmente enviada para o e-mail oficial da empresa (? Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). O WhatsApp, seguindo o Marco Civil da Internet, responde com as informações solicitadas.
5. Recebimento dos logs de acesso
O WhatsApp fornece os principais dados de conexão do usuário investigado, como:
Endereços IP utilizados;
Datas e horários de acesso;
Uso do WhatsApp Web.
6. Rastreamento do IP com o provedor
Com base no IP e na data/hora exata, a polícia consulta o registro.br para identificar a operadora (como Vivo, Claro, TIM). Em seguida, solicita à operadora os dados do titular da conexão — sem necessidade de nova autorização judicial.
7. Aprofundamento com nova ordem judicial (se necessário)
Com os dados iniciais, a investigação pode avançar com uma nova solicitação ao juiz, incluindo:
Acesso à agenda de contatos;
Informações sobre grupos (participantes, criadores, administradores);
Solicitação de remoção de conteúdo ilegal;
Suspensão ou exclusão da conta envolvida em crimes.
8. Integração dos dados com o inquérito
As informações obtidas são cruzadas com outras evidências do caso: depoimentos, vídeos de câmeras, áudios de interceptação telefônica e provas coletadas em campo.
9. Mapeamento de conexões e movimentações
A partir dos IPs e horários, a investigação consegue montar um histórico detalhado:
Quando o suspeito estava online;
Onde ele estava conectado;
Com quem interagia em determinados períodos.
10. Base para medidas mais incisivas
Com evidências consistentes, a autoridade policial pode solicitar medidas judiciais mais severas, como:
Mandado de busca e apreensão;
Prisão preventiva do investigado.
Rastrear um WhatsApp envolve um processo técnico, jurídico e investigativo rigoroso. As etapas respeitam o devido processo legal e são fundamentais para garantir que as provas digitais sejam válidas em juízo.