O que está por trás da solicitação da StarLink para a Anatel?
- Caio Weber
- Atualizado: Segunda, 30 Setembro 2024 14:40
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A Anatel abriu nesta segunda-feira, dia 22, uma consulta pública (CP nº 38) sobre o pedido da Starlink para aumentar o número total de satélites autorizados a operar no Brasil.
Starlink quer autorização para operar mais 7,5 mil satélites no Brasil
A operadora do grupo SpaceX busca permissão para operar 7.500 novos satélites não geoestacionários, que compõem a segunda geração do sistema Starlink (GEN2). Esse sistema funcionaria nas faixas de 71 GHz a 76 GHz (enlace de descida) e de 81 GHz a 86 GHz (enlace de subida), conhecidas como Banda E.
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A empresa já possui autorização para explorar a constelação no Brasil desde 2022, porém a licença atual permite a operação de até 4.408 satélites nas faixas das bandas Ku e Ka. Como o sistema Starlink já atingiu o número máximo de satélites em operação no Brasil, a nova solicitação se fez necessária.
A consulta pública sobre o pedido da constelação ficará aberta por um período de dez dias a partir desta segunda-feira, dia 22. Durante este processo, a Anatel busca comentários específicos sobre:
Limites ou condições que possam ser aplicados ao Direito de Exploração de Satélite, visando promover uma competição ampla e justa e o acesso de diferentes agentes econômicos ao mercado, respeitando o arcabouço regulatório vigente.
Medidas que possam ser adotadas para fomentar a sustentabilidade espacial a longo prazo.
Essas questões refletem preocupações já manifestadas pelo Brasil e pela própria Anatel sobre o impacto competitivo e ambiental das grandes constelações de satélites.
A constelação Starlink
A Starlink informou à Anatel que as redes de satélites associadas ao sistema GEN2 da frota devem incluir até 29.988 novos satélites, operando em diversas faixas de radiofrequências. Atualmente, estima-se que a operadora tenha cerca de 6,2 mil satélites em órbita.
Nos Estados Unidos, a empresa também solicitou autorização para a GEN2. Em 2022, a Federal Communications Commission (FCC) concedeu permissão para a operadora de satélites construir, lançar e operar apenas 7.500 novos satélites da segunda geração.
"A Anatel considera as condições de autorização do país de origem ao analisar pedidos de sistemas de satélites estrangeiros, conforme prevê a regulamentação da Agência", destacou a reguladora.
No Brasil, a Starlink tornou-se este ano a principal operadora de satélites em número de clientes, com mais de 200 mil assinantes.
A expansão Global da Starlink nos Últimos Anos
A Starlink, a ambiciosa iniciativa de internet via satélite da SpaceX, tem se destacado como uma das mais revolucionárias propostas para a conectividade global. Desde seu lançamento, a empresa tem avançado rapidamente, lançando milhares de satélites em órbita terrestre baixa e expandindo seus serviços para diversas regiões ao redor do mundo. Vamos explorar como a Starlink tem se expandido globalmente nos últimos anos e o impacto dessa expansão.
O início e Primeiros passos da StarLink
A Starlink iniciou seus lançamentos de satélites em 2019, com o objetivo de criar uma constelação de pequenos satélites em órbita baixa, capazes de fornecer internet de alta velocidade a áreas remotas e mal atendidas. No início, a empresa lançou pequenos lotes de satélites, testando sua tecnologia e infraestrutura. Esses primeiros passos foram cruciais para ajustar a rede e garantir a viabilidade do projeto.
Acelerando a expansão
A partir de 2020, a Starlink começou a acelerar seus lançamentos. Utilizando os foguetes reutilizáveis Falcon 9 da SpaceX, a empresa foi capaz de lançar dezenas de satélites de cada vez, rapidamente aumentando o tamanho de sua constelação. Em 2021, a Starlink já havia lançado mais de mil satélites, proporcionando uma cobertura significativa em várias partes do mundo.
Conectividade via satélite em áreas remotas
Um dos principais objetivos da Starlink é levar internet de alta velocidade a áreas rurais e remotas, onde as infraestruturas tradicionais de telecomunicações são escassas ou inexistentes. Em muitos lugares, especialmente em regiões da América do Norte e Europa, a Starlink começou a oferecer serviços beta, permitindo que os usuários testassem a conectividade. Os feedbacks iniciais foram promissores, com muitos relatando velocidades significativamente melhores do que as disponíveis anteriormente.
Expansão para novos mercados
Nos últimos anos, a Starlink expandiu seus serviços para novos mercados, incluindo partes da América Latina, Austrália, Nova Zelândia e alguns países da África. Cada nova autorização regulatória em um país representa um passo importante para a Starlink, permitindo que mais pessoas acessem seus serviços. Em 2023, a Starlink anunciou planos de expandir para mercados asiáticos, incluindo o Japão e a Índia, marcando uma presença verdadeiramente global.
Desafios e oportunidades da empresa de Elon Musk
A expansão rápida da Starlink não veio sem desafios. A construção e manutenção de uma constelação tão vasta de satélites requerem investimentos significativos e uma logística complexa. Além disso, a Starlink enfrenta desafios regulatórios em diversos países, onde precisa obter autorizações específicas para operar.
Entretanto, as oportunidades são enormes. A demanda por conectividade de alta velocidade continua a crescer globalmente, e a Starlink está bem posicionada para atender a essa demanda, especialmente em áreas onde as alternativas são limitadas. Além disso, a tecnologia da Starlink tem o potencial de transformar setores como a educação, saúde e comércio, ao proporcionar acesso à internet em regiões anteriormente desconectadas.
O futuro da Starlink
O futuro da Starlink parece promissor. Com a recente solicitação para operar mais 7,5 mil satélites no Brasil, a empresa demonstra seu compromisso em expandir e melhorar sua rede. A Anatel, agência reguladora brasileira, abriu uma consulta pública para discutir a autorização, mostrando a seriedade com que esse processo é tratado.
A Starlink também está investindo em tecnologias de próxima geração, como satélites mais avançados e sistemas de comunicação aprimorados. Esses avanços podem aumentar ainda mais a capacidade e a eficiência da rede, tornando-a uma opção viável para ainda mais pessoas ao redor do mundo.
A expansão global da Starlink nos últimos anos é uma prova do potencial transformador da tecnologia de satélites para a conectividade global. Ao levar internet de alta velocidade a áreas remotas e mal atendidas, a Starlink está não apenas revolucionando a forma como nos conectamos, mas também abrindo novas possibilidades para milhões de pessoas ao redor do mundo. À medida que a empresa continua a crescer e inovar, o futuro da conectividade global parece mais brilhante do que nunca.
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